Texto 08

Será que falo dos meus casamentos? Foram 4 bem diferentes um do outro, mas falar em ordem fica chato. Como falei no outro capítulo que queria falar de viagens, então vamos lá. A segunda viagem foi em 1965, e tinha viajado em lua de mel em 1960. Esta demora ocorreu pois tive dois filhos, e meu pai não ficou nada feliz com a minha separação. Não pedi nada, vivia com uma mesada que tenho até vergonha de contar, e o que mais me impressionou é que vestia muito bem meus filhos e estava sempre na casa Toddy  comprando sapatinhos para eles. A Ana era uma menina linda, todos comentavam como era bem vestida, e passei um ano sem comprar nada para mim, nada mesmo, nem um creminho. Aí papai depois de um ano me deu de férias um mês no Copacabana Palace, e me diverti muito.
Acordava cedo as crianças iam com a Hortência para praia eu dormia, voltavam lá pelas 10h e íamos  para a piscina do Copa ou para o Country Club, que era o lugar mais badalado do Rio. A tarde fazíamos todos os programas infantis, e no fim da tarde eu me preparava para ir a noite no Bateau, Sachas, Le bec fin, essa parte foram as minhas férias.
Quando voltei do Rio era a época que eu trabalhava na Jetmar Turismo, na R. Marcone. E logo me chamaram para trabalhar no Banco Intercontinental que era do Ferdinando Matarazzo, que poucos anos depois se tornaria meu cunhado, pois a vida da voltas. Isso foi em 1966 e meu pai organizou para que eu fosse para Europa com tios que iriam para Camogli, que fica ao lado de Santa Margherita. O tal hotel que ficamos apesar de ser espetacular era pra lá de chato e era um hotel só de velhos. De lá, graças a Deus, fui pra Paris via Milão e não fiz nada melhor do que perder o avião, ao invés de chegar as 16h como previsto cheguei meia-noite. Fiquei hóspede na Île Saint-Louis, na casa da Gilda Penteado e me diverti muito. Andava só de metro. De manha comprava a minha baguete com presunto, via muitos amigos, ia muito aos museus e me sentia leve e solta. Essa viagem durou 1 mês.
Ao voltar, conheci o Sandro Giunta que tinha visto meu pai só uma vez, pois ele faleceu aos 59 anos, e eu estava organizando uma festa para ele dos 60. Naquela época esta idade era considerada cedo, mas quando era algum problema cardíaco era mais normal. Hoje aos 60 anos somos todos crianças.
Fiz muita companhia para minha mãe, falava com ela ao acordar e ao deitar ou sair, e a vida continuou seu caminho.

Afinal me juntei com o Sandro depois fiquei grávida do Lorenzo, e ele que não queria filhos de maneira nenhuma, e mesmo assim se tornou um bom pai, tanto é que depois tivemos a Claudia no meio de um desastre que vou omitir pois prefiro não lembrar disso. 

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