Será que falo dos meus casamentos? Foram 4 bem diferentes um
do outro, mas falar em ordem fica chato. Como falei no outro capítulo que
queria falar de viagens, então vamos lá. A segunda viagem foi em 1965, e tinha
viajado em lua de mel em 1960. Esta demora ocorreu pois tive dois filhos, e meu
pai não ficou nada feliz com a minha separação. Não pedi nada, vivia com uma
mesada que tenho até vergonha de contar, e o que mais me impressionou é que
vestia muito bem meus filhos e estava sempre na casa Toddy comprando sapatinhos para eles. A Ana era uma
menina linda, todos comentavam como era bem vestida, e passei um ano sem
comprar nada para mim, nada mesmo, nem um creminho. Aí papai depois de um ano
me deu de férias um mês no Copacabana Palace, e me diverti muito.
Acordava cedo as crianças iam com a Hortência para praia eu
dormia, voltavam lá pelas 10h e íamos
para a piscina do Copa ou para o Country Club, que era o lugar mais badalado
do Rio. A tarde fazíamos todos os programas infantis, e no fim da tarde eu me
preparava para ir a noite no Bateau, Sachas, Le bec fin, essa parte foram as
minhas férias.
Quando voltei do Rio era a época que eu trabalhava na Jetmar
Turismo, na R. Marcone. E logo me chamaram para trabalhar no Banco
Intercontinental que era do Ferdinando Matarazzo, que poucos anos depois se
tornaria meu cunhado, pois a vida da voltas. Isso foi em 1966 e meu pai organizou
para que eu fosse para Europa com tios que iriam para Camogli, que fica ao lado
de Santa Margherita. O tal hotel que ficamos apesar de ser espetacular era pra
lá de chato e era um hotel só de velhos. De lá, graças a Deus, fui pra Paris
via Milão e não fiz nada melhor do que perder o avião, ao invés de chegar as
16h como previsto cheguei meia-noite. Fiquei hóspede na Île Saint-Louis, na
casa da Gilda Penteado e me diverti muito. Andava só de metro. De manha
comprava a minha baguete com presunto, via muitos amigos, ia muito aos museus e
me sentia leve e solta. Essa viagem durou 1 mês.
Ao voltar, conheci o Sandro Giunta que tinha visto meu pai
só uma vez, pois ele faleceu aos 59 anos, e eu estava organizando uma festa
para ele dos 60. Naquela época esta idade era considerada cedo, mas quando era
algum problema cardíaco era mais normal. Hoje aos 60 anos somos todos crianças.
Fiz muita companhia para minha mãe, falava com ela ao
acordar e ao deitar ou sair, e a vida continuou seu caminho.
Afinal me juntei com o Sandro depois fiquei grávida do
Lorenzo, e ele que não queria filhos de maneira nenhuma, e mesmo assim se
tornou um bom pai, tanto é que depois tivemos a Claudia no meio de um desastre
que vou omitir pois prefiro não lembrar disso.
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