Voltando ao Theo, meu neto, filho da Clau minha filha e
filho de um ótimo médico cardiologista que mora na Bahia, e adora ir para lá.
Claudia é muito determinada de ficar com o Theo e com isto toda a família o vê
pouco . Eu ao menos toda segunda-feira pego ele em casa e levo para o colégio
que é em Pinheiros. Fazemos uma viagem de 40 minutos e assim da para eu
conversar bastante e saber o que ele pensa e o que realmente gosta, é muito
inteligente e fofo.
Agora vamos falar de mim, pois tem muito assunto.
Em fins de 1975 fechei a Piazza e fomos passar as férias de verão
em Punta del Este que é um lugar que conhecia bastante e adorava. Fomos em 2
casais com os filhos, a Claudia pequena, e todos adoraram e lembram bastante...
Ao voltar, tinha o convite para aquela noite mesmo no
Guarujá, a festa habitual do Germano Mariutti, nada como a juventude. Foi uma
corrida: escolher o vestido, ir ao cabeleireiro e descer a serra e ficar na
festa até umas 5 da manha.
Foi nesta noite que dançando com o Raul Cortez, meu amigão,
que conheci o Luis Carta. Ficamos os 4 conversando sobre a Revista Vogue, eu
encantada com este novo assunto na minha cabeça, mas na verdade jornalistas não
eram a minha praia, e depois fiquei dançando até acabar com meus pés as 5 da
manha e ouvindo Ângela Maria cantar ao nascer do sol, só de lembrar fico
arrepiada.
Naquela época tínhamos festas, reuniões e jantares todas as
noites, mas todas mesmo. Ficávamos em casa só na segunda-feira tipo organizando
a semana, gravando fitas com as melhores músicas, e as crianças adoravam pois
era uma noite que jantávamos juntos. Vejam a diferença de hoje: meus filhos nem
pensam em sair durante a semana, pois ficam com os filhos, só saem para
jantares de negócios e aos fins de semana. Vivem com os filhos, senão tem que
levar em psicanalistas, ou discutir os problemas de drogas. Eu tenho horror a
drogas e quando digo que nunca vi ninguém cheirar, gozam da minha cara -
''Alice, não acredito!''. Pois posso jurar que nunca vi.
Fazíamos acho que uma Big festa a cada 2 meses para
arrecadar dinheiro para alguma instituição de caridade tipo APAE, LIVRO dos
Cegos, AACD, etc. Cada vez era um grupo de patronesses e cada vez tínhamos que
inventar alguma atração para a noite. Fizemos o baile de mascaras, inauguração
do Hippopotamus varias vezes quando mudava de decoração, ai Gisella e Ricardo
vinham para cá e era uma semana de Hipo. Também muitas no Gallery, Regine's, enfim
nos divertíamos pra valer.
Numa destas festas estou passando pelas mesas, encontro o
Ricardo que me diz: Alice preciso te apresentar o dono da Revista Vogue, Luis
Carta. Eu respondi - ''Não quero pois foi mal educado comigo (uma bobagem)'' e
então o Luis pegou no meu braço e me fez contar esta bobagem, dançamos, jantamos,
enfim não saí do lado dele até as 4 horas da manha e já no dia seguinte
estávamos conversando e 8 meses depois estávamos casados de papel passado e por
isso não me chamo Besterman e sim Carta. Amanha é outro dia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário