Sobre a tragédia do nosso Museu Nacional


Gente, sei que faz tempo que não escrevo. Ando com uma preguiça do cão, e toda hora penso em assuntos novos para escrever mas não o faço. Ia escrever sobre a copa, sobre o começo das eleições, sobre esse meio das campanhas, sobre tanta coisa. Mas dessa vez decidi escrever sobre esse terrível incêndio no Museu Nacional no Rio de Janeiro, que existe há dois séculos.
Lá existiam pecas extraordinárias que são insubstituíveis. O jardim e a casa são espetaculares. Quando meus filhos eram pequenos eu os levei lá para conhecerem um pedaço da nossa cultura.
Acho inacreditável que essa tragédia tenha ocorrido por falta de 600 mil reais por ano, que era o dinheiro que o Museu necessitava para se manter em ordem. O Ministério da Cultura teve o desplante de abaixar essa verba para 60 mil reais. E com isso, logicamente, o Museu estava totalmente largado. Um patrimônio nacional sem nenhum cuidado.
Fiquei sabendo hoje que há mais de 20 anos o empresário Israel Klabin conseguiu um cheque de 80 milhões, do Banco Mundial, para modernizar e reformar o Museu Nacional.  Esse dinheiro nunca saiu dos cofres do banco, já que a Universidade Federal do Rio de Janeiro não o aprovou. A UFRJ rejeitou a única condição imposta pelo banco, que era entregar o controle do Museu e transformá-lo em uma organização social, uma associação privada sem fins lucrativos, que presta serviços de interesse publico.
Ficamos sabendo que o ultimo presidente do Brasil que visitou esse museu foi, pasmem: Juscelino Kubitschek, em 1952. Tem cabimento?
 Não vou discutir qual desses 10 candidatos, que concorrem ao cargo de presidente, teria interesse em um assunto cultural como este. Podem ter certeza que não é o PT, nem a Marina Silva e nem o Ciro Gomes.
Quanto ao meu voto, conto pra vocês no próximo texto.

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